sábado, 14 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
O corpo
Porque em teu pénis pulsam os papiros
E de seda no sono és um vitelo,
Porque os anéis de plenilúnio adquire-os
A luz de que se ocupa o teu cabelo,
Porque ergues a cabeça e caem lírios,
Porque abres a camisa e és muito belo,
Porque um gato de febre em teus delírios
Divaga meus quadris de terciopelo.
Porque eu saio da concha do vestido
E num palor de sol submetido
Declinas no meu fim inominável,
Porque nevo se estás no solstício,
És a paixão votada ao sacrifício
Que devo a uma estrela insaciável.
(Sonetos Românticos
Natália Correia, 1923-1993,
E de seda no sono és um vitelo,
Porque os anéis de plenilúnio adquire-os
A luz de que se ocupa o teu cabelo,
Porque ergues a cabeça e caem lírios,
Porque abres a camisa e és muito belo,
Porque um gato de febre em teus delírios
Divaga meus quadris de terciopelo.
Porque eu saio da concha do vestido
E num palor de sol submetido
Declinas no meu fim inominável,
Porque nevo se estás no solstício,
És a paixão votada ao sacrifício
Que devo a uma estrela insaciável.
(Sonetos Românticos
Natália Correia, 1923-1993,
As nossas madrugadas
Desperta-me de noite
o teu desejo
na vaga dos teus dedos
com que vergas
o sono em que me deito
pois suspeitas
que com ele me visto e me
defendo
É raiva
então ciume
a tua boca
é dor e não
queixume
a tua espada
é rede a tua língua
em sua teia
é vício as palavras
com que falas
E tomas-me de força
não o sendo
e deixo que o meu ventre
se trespasse
E queres-me de amor
e dás-me o tempo
a trégua
a entrega
e o disfarce
E lembras os meus ombros
docemente
na dobra do lenços que desfazes
na pressa de teres o que só sentes
e possuires de mim o que não sabes
Despertas-me de noite
com o teu corpo
tiras-me do sono
onde resvalo
e eu pouco a pouco
vou repelindo a noite
e tu dentro de mim
vais descobrindo vales
(Minha Senhora de Mim
Maria Teresa Horta, )
o teu desejo
na vaga dos teus dedos
com que vergas
o sono em que me deito
pois suspeitas
que com ele me visto e me
defendo
É raiva
então ciume
a tua boca
é dor e não
queixume
a tua espada
é rede a tua língua
em sua teia
é vício as palavras
com que falas
E tomas-me de força
não o sendo
e deixo que o meu ventre
se trespasse
E queres-me de amor
e dás-me o tempo
a trégua
a entrega
e o disfarce
E lembras os meus ombros
docemente
na dobra do lenços que desfazes
na pressa de teres o que só sentes
e possuires de mim o que não sabes
Despertas-me de noite
com o teu corpo
tiras-me do sono
onde resvalo
e eu pouco a pouco
vou repelindo a noite
e tu dentro de mim
vais descobrindo vales
(Minha Senhora de Mim
Maria Teresa Horta, )
Tarde
O José Cid deu-me o mote:
Neste mundo de aparências nada é claro.
Não digo que tudo seja ilusão, que a realidade é crua e dura. Para uns mais que para outros.
Neste mundo de aparências nada é claro.
Não digo que tudo seja ilusão, que a realidade é crua e dura. Para uns mais que para outros.
domingo, 8 de novembro de 2009
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