A Escola Básica Integrada D. Carlos I, em Sintra, foi dispensada de sujeitar os seus alunos de 15 anos a testes para o relatório PISA da OCDE, depois de ter argumentado que o grupo de estudantes a avaliar tinha uma taxa muito elevada de casos de insucesso, não correspondendo à realidade do estabelecimento.
O Ministério da Educação diz que este foi um "caso único", entre "centenas" de estabelecimentos a avaliar. E que a ausência desta escola não afectará o desempenho do País naquele estudo internacional, onde Portugal regista, em regra, dos piores desempenhos na OCDE (ver caixa).No último relatório trienal, relativo a 2006, o País ficou em 37.º lugar, numa lista de Estados, que englobava 30 membros da OCDE e 27 parceiros.
Em declarações ao DN, fonte oficial do Ministério garantiu que "as escolas que integram a amostra para aplicar os testes PISA são escolhidas pela OCDE", e que é a própria organização que "selecciona, por cada escola escolhida, duas escolas de reserva, R1 e R2", precisamente por serem "frequentes" as substituições.
"Formam-se assim dois conjuntos: escolas de selecção e escolas de reserva", explicou, acrescentando que estas últimas têm de ser "gémeas" das que substituem em termos de aspectos como a "dimensão, nível de ensino, localização geográfica". A mesma fonte garantiu que o Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério (GAVE) não pode "intervir" na escolha das escolas e aluno, "muito menos dispensar/isentar ou indicar escolas".
O facto é que segundo disse ao DN Ricardo Silva, director de uma turma do 9.º ano da D. Carlos I, foi a esta entidade que foram colocadas as objecções do estabelecimento, tendo sido posteriormente recebida a confirmação de que a escola "já não teria de fazer" as avaliações.
"Não estávamos a pedir uma situação de excepção para a nossa escola", frisou. "Escrevemos apenas a pedir que a avaliação reflectisse a realidade da nossa escola. Somos uma escola do ensino básico, logo todos os alunos que lá estão com as idades que nos foram pedidas têm à partida problemas de desempenho. Mais de 80% estavam nessas condições", explicou o professor.
" Mas a nossa escola tem bons resultados globais, bons alunos, e uma boa imagem na comunidade".
O argumento de que muitos dos alunos testados não tinham os conhecimentos necessários, por já terem chumbado, já tinha sido invocado anteriormente, pelo próprio Ministério.
Na divulgação do relatório Pisa 2006, em Dezembro de 2007, o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, atribuiu o mau desempenho do País ao facto de se registar, à época, uma retenção superior a 10%, quando a generalidade dos países da OCDE não ia além dos 3% a 4%. O governante revelou na altura que, se apenas tivessem sido considerados os alunos no 10.º ano, estaríamos acima da média da OCDE.
O Ministério da Educação diz que este foi um "caso único", entre "centenas" de estabelecimentos a avaliar. E que a ausência desta escola não afectará o desempenho do País naquele estudo internacional, onde Portugal regista, em regra, dos piores desempenhos na OCDE (ver caixa).No último relatório trienal, relativo a 2006, o País ficou em 37.º lugar, numa lista de Estados, que englobava 30 membros da OCDE e 27 parceiros.
Em declarações ao DN, fonte oficial do Ministério garantiu que "as escolas que integram a amostra para aplicar os testes PISA são escolhidas pela OCDE", e que é a própria organização que "selecciona, por cada escola escolhida, duas escolas de reserva, R1 e R2", precisamente por serem "frequentes" as substituições.
"Formam-se assim dois conjuntos: escolas de selecção e escolas de reserva", explicou, acrescentando que estas últimas têm de ser "gémeas" das que substituem em termos de aspectos como a "dimensão, nível de ensino, localização geográfica". A mesma fonte garantiu que o Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério (GAVE) não pode "intervir" na escolha das escolas e aluno, "muito menos dispensar/isentar ou indicar escolas".
O facto é que segundo disse ao DN Ricardo Silva, director de uma turma do 9.º ano da D. Carlos I, foi a esta entidade que foram colocadas as objecções do estabelecimento, tendo sido posteriormente recebida a confirmação de que a escola "já não teria de fazer" as avaliações.
"Não estávamos a pedir uma situação de excepção para a nossa escola", frisou. "Escrevemos apenas a pedir que a avaliação reflectisse a realidade da nossa escola. Somos uma escola do ensino básico, logo todos os alunos que lá estão com as idades que nos foram pedidas têm à partida problemas de desempenho. Mais de 80% estavam nessas condições", explicou o professor.
" Mas a nossa escola tem bons resultados globais, bons alunos, e uma boa imagem na comunidade".
O argumento de que muitos dos alunos testados não tinham os conhecimentos necessários, por já terem chumbado, já tinha sido invocado anteriormente, pelo próprio Ministério.
Na divulgação do relatório Pisa 2006, em Dezembro de 2007, o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, atribuiu o mau desempenho do País ao facto de se registar, à época, uma retenção superior a 10%, quando a generalidade dos países da OCDE não ia além dos 3% a 4%. O governante revelou na altura que, se apenas tivessem sido considerados os alunos no 10.º ano, estaríamos acima da média da OCDE.
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