Das  18 empresas públicas cujos mandatos dos conselhos de administração  terminam este mês, em 12 delas os custos com os vencimentos dos  presidentes ascendem a 1,6 milhões de euros, valor a que não foram  somados os prémios nem as ajudas de custo.
Entre  Março e Maio do próximo ano, quando ocorrem as assembleias gerais,  deverão ser conhecidas as composições dos conselhos de administração de  18 empresas públicas. O Governo tem até essa data que decidir que nomeia  novas figuras ou se reconduz as lideranças.
Lideranças que, em  2009, e apenas para os presidentes dos conselhos de administração de 12  empresas, sem contar com prémios e ajudas de custo, que variam de acordo  com a empresa, ascenderam a uma conta superior a 1,6 milhões de euros. 
Quanto  a possíveis mudanças, as referidas empresas não avançam qualquer  comentário, dizendo que o "assunto será analisado oportunamente com a  tutela".
Das 18 empresas públicas dos diversos sectores sabe-se  que o presidente dos CTT, Estanislau Costa, já anunciou não estar  disponível para continuar à frente da empresa, "por razões que são,  exclusivamente, do foro pessoal e familiar".
De acordo com a  notícia avançada pelo jornal "Sol", no último dia 23, Estanislau Costa  continuou a receber durante quase dois anos o vencimento da PT (23 mil  euros) quando já era administrador dos CTT (15 mil euros) e que se terá  demitido antes de se tornar pública a auditoria da Inspecção-geral das  Finanças. 
Quanto a nomes em fins de mandato, o do presidente da  Caixa Geral de Depósitos (CGD), Faria de Oliveira (aufere cerca de 371  mil euros por ano, sem ajudas nem prémios), começou a ser falado ainda  em Agosto, aquando de uma notícia que o dava de saída da CGD no final do  mandato, por indisponibilidade do próprio. Na altura, o banco reagiu  referindo que a notícia era "desprovida de qualquer fundamento". 
Pedro  Serra, presidente da Águas de Portugal, também termina o mandato este  mês, desconhecendo-se qual a vontade do administrador ou mesmo do  Executivo na sua continuação.
Mudanças ou reconduções estão também  anunciadas para os diferentes portos portugueses, de Aveiro, Douro e  Leixões, Lisboa, Sines, Setúbal e Sesimbra, bem como na administração da  Transtejo e do Metro do Porto.
3 comentários:
Pior que "Aprés moi la gonorrhée".
E como reage o povo a esta pouca vergonha? Prepara-se para eleger Cavaco, Sócrates ou Coelho com o argumento reconfortante de que "são todos iguais" ou "se tu lá estivesses fazias ou mesmo"!
A pouca vergonha desta gente já ultrapassou o insuportável e o revoltante, é tempo de incendiar Lisboa!
Ninguém reage, por isso é que isto ainda está como está... e vai continuar. A seguir outros virão e haverá quem os mantenha...
O PN tem toda a razão.
Vivemos num país a saque e parece que gostamos. IRRA!!!
Um abraço
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