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Guilhermina Rego julgada em Outubro por associação criminosa e fraude fiscal
[Por Redacção , com Lusa
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Guilhermina Rego está acusada como administradora de uma das empresas envolvidas e co-herdeira de outra. Foto: DR
Associação criminosa e fraude fiscal qualificada continuada são crimes imputados pelo Ministério Público (MP) a Guilhermina Rego, vereadora da Câmara do Porto, no âmbito da sua actividade empresarial privada, em processo a julgar, em Outubro, no tribunal de Gaia.
A acusação descreve um esquema de facturas falsas no sector das sucatas, entre 1999 e 2003, para permitir a dedução indevida de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado).
Só no caso da sociedade arguida António da Silva Rego, Importação e Exportação de Metais, SA, em que Guilhermina Rego ficou com 25% das acções, as supostas facturas falsas terão permitido uma dedução indevida de IVA, em 2002 e 2003, no valor global de 1,7 milhões de euros.
Num processo com um total de 22 arguidos (17 pessoas e 5 empresas), Guilhermina Rego está acusada como administradora daquela empresa e co-herdeira de outra.
Segundo o MP, Guilhermina Rego e 2 irmãos anuíram a um plano de um comerciante de sucatas e de uma gerente para ludibriar o Fisco, através da constituição de empresas-fantasma, tituladas por indivíduos na indigência ou em situação próxima.
A troco de algum dinheiro, esses testas-de-ferro praticariam actos ilegais, que lhes seriam ordenados pelo alegado grupo criminoso, e as suas assinaturas seriam forjadas em faturas falsas.
Um dos testas-de-ferro era, conforme assegura o MP, um toxicodependente que nunca esteve registado como empresário, mas que foi dado como emissor de facturas no valor de 13,5 milhões de euros, correspondendo a um montante de IVA não pago de 1,9 milhões de euros.
Outros indicaram domicílios improváveis: o correspondente à entrada de um centro comercial ou uma habitação fechada a cadeado.
Esquema envolveu mercado espanhol
O esquema incluiu transacções intra-comunitárias fictícias, envolvendo o mercado espanhol, assegura o MP, que sustenta a acusação em abundante prova pericial e documental, tendo ainda arrolado 41 testemunhas, incluindo especialistas em matéria fiscal.
Ao contrário do pretendido por alguns arguidos, o procurador do processo entendeu que este processo-crime não deverá esperar o trânsito em julgado de impugnações de impostos intentadas no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto.
Quando se conheceram, em Fevereiro de 2010, os contornos do caso agora a aguardar julgamento, a autarquia do Porto fez saber que Guilhermina Rego, vereadora do Conhecimento e Coesão Social “explicou, em devido tempo, ao presidente da Câmara [Rui Rio] os contornos do mesmo [processo], tendo ficado claro que não existe, da sua parte, qualquer envolvimento nos factos que lhe deram origem”.
Na mesma ocasião, o vereador socialista Manuel Correia Fernandes, representante do principal grupo de oposição, disse que “enquanto o julgamento não acabar, a presunção de inocência é fundamental”.
“Somos contra a especulação em torno de processos judiciais”, acrescentou.
A primeira sessão de julgamento está marcada para 01 de Outubro, às 9h30, na 1.ª Vara Mista do Tribunal de Gaia.
disclaimer: Inocente até prova em contrário...
Nem todas as pessoas de direita são mafiosas, mas todos os mafiosos são de direita.
ResponderEliminarCoincidências...
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