O deputado socialista António José Seguro lançou, na noite de terça-feira, fortes críticas ao Governo e às recentes medidas de combate à crise financeira. Para o presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República é “inaceitável que quando se pedem sacrifícios aos portugueses, não sejam todos, em particular aqueles que mais têm, a dar esse exemplo e a fazer mais sacrifícios”.
Numa cerimónia em Penamacor, onde nasceu e foi agraciado pela Assembleia Municipal na passagem dos 100 anos da implantação da República, Seguro afirmou ainda que “os portugueses estão fartos de fazer sacrifícios sem ver resultados.”
“É preciso que os sacrifícios estejam ligados aos resultados”, acrescentou o deputado, apontado dentro e fora do PS como um dos mais fortes possíveis candidatos à sucessão de José Sócrates. Seguro, numa recente entrevista ao Expresso, admitiu mesmo que está disponível para se candidatar a líder do PS quando Sócrates sair.
António José Seguro referiu ainda que “a trajectória das últimas décadas vem endividando o país”, o que vai sobrecarregar as gerações futuras “com os encargos do estilo de vida das gerações actuais”, o que considerou “inaceitável”.
Os eunucos devoram-se a si mesmos
Não mudam de uniforme, são venais
E quando os mais são feitos em torresmos
Defendem os tiranos contra os país
Em tudo são verdugos mais ou menos
No jardim dos harens os principais
E quando os mais são feitos em torresmos
Não matam os tiranos pedem mais
Suportam toda a dor na calmaria
Da olímpica visão dos samurais
Havia um dona a mais na satrapia
Mas foi lançado à cova dos chacais
Em vénias malabares à luz do dia
Lambuzam da saliva os maiorais
E quando os mais são feitos em fatias
Não matam os tiranos pedem mais
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