terça-feira, 8 de junho de 2010

E António Manuel Couto Viana Deixa-nos

Foi outrora. E agora?

Na alegria e pureza da manhã,
Desfilavam, num passo compassado e seguro,
Ao soar de um tambor (rataplã, rataplã!),
Sob ramos em flor, rumo ao futuro.

Eram todos o mesmo coração,
Orgulhosos da pátria, da palavra, da alma!
Como quem abençoa, estendiam a mão,
Abrindo à luz a generosa palma.

Envergavam as cores do mar, da terra...
Não, da rasa planície; não, da maré vasa:
Mas da onda viril, mas da soberba serra
Que só alcança o livre voo d'asa.

Cantavam, como canta a mocidade,
O heroísmo da vida (aventura e amor),
O querer para além da bruma da saudade
Portugal triunfal, maior, melhor!

Desfilava, com eles, a beleza
Do sorriso da mãe, da noiva inda menina.
E o espaço, em redor, era uma chama acesa:
O facho com que o sonho se ilumina.

Esse dia, nascido alegre e puro,
Retratava o desfile, as bandeiras na aragem!
E criam no futuro, ao chamar-lhes futuro,
Os que abraçam a fé e a coragem.



António Manuel Couto Viana

3 comentários:

  1. Não é por nada mas, ultimamente, é sempre pelo alphonse que eu sei quando morre alguém e isto tem sido...

    ResponderEliminar
  2. UI!...agora sou o mensageiro das mãs novas...

    ResponderEliminar
  3. Isa: Eu tambem....não sabia:(

    ResponderEliminar

Quaquer um é livre de mandar bocas.Não censuramos ninguém...