sábado, 13 de novembro de 2010
Porque é que não arranjam um modo de vida?
E se arranjassem um modo de vida sem ser à custa dos impostos dos portugueses? Nós já temos demasiados azeiteiros a viver à nossa custa. A notícia (ou peça de propaganda) é um mimo...
«Colégios privados dizem que proposta do Governo não chega para pagar professores»
12.11.2010 - 16:29 Por Lusa
“Os colégios que estão aqui em apreço têm um corpo docente estabilizado e já com um nível de vencimento bastante elevado”, disse à agência Lusa o presidente da associação do sector (AEEP), defendendo que uma alteração profunda necessita de meios para ser concretizada.
“O Estado faz congelando carreiras e baixando ordenados. O privado não pode fazer, a não ser que o Governo o decrete”, afirmou João Alvarenga, criticando o processo de alterações ao estatuto do ensino particular e cooperativo.
João Alvarenga mantém que o regime do privado fica mais barato do que o público: “Limitamo-nos a confiar naquilo que o Governo também confia. A OCDE disse que o custo por aluno/ano em Portugal é de 5200 euros e nós sabemos que o privado gratuito estaria em 4200”.
João Alvarenga questiona-se sobre posições do Governo relativamente aos custos, indicando que, se está prevista uma redução no ensino público, os privados não podem acompanhá-la no que toca salários e carreiras, a não ser por decreto.
“Temos de falar de condições iguais e também é necessário ver se nas contas entra o custo dos edifícios. No privado, o Estado não gasta com esses edifícios”, exemplificou.
A Associação dos Estabelecimentos de Ensino Privado e Cooperativo (AEEP) contesta a aprovação em Conselho de Ministros, na semana passada, de um decreto-lei que altera o estatuto de ensino particular e cooperativo, “sem considerar” as suas propostas - que garante cumprirem as condicionantes financeiras do Orçamento do Estado para 2011 - e “sem a audição do Conselho Nacional de Educação”.
Para João Alvarenga, uma coisa são os cortes e a necessidade de os encaixar, mediante negociação, e outra é a associação ter sido “surpreendida com um decreto-lei que ataca o ensino privado, no seu todo”.
A AEEP diz que as famílias mais carenciadas ficam excluídas da possibilidade de livremente escolherem a escola melhor para os filhos.
A questão levou já a Igreja Católica a pronunciar-se, com os bispos a considerarem que as medidas do Governo em relação ao ensino particular e cooperativo vão levar ao desaparecimento progressivo destas escolas, num ato “antidemocrático”.
A Conferência Episcopal Portuguesa renovou as críticas à decisão do Governo de renegociar os contratos com as escolas particulares, temendo o despedimento de pessoas.
O Governo aprovou no dia 04 uma alteração ao estatuto deste ensino e em que o modelo de financiamento do Estado será feito por turma, tendo em consideração o número de alunos.
O Executivo estima poupar cerca de 70 milhões de euros com a alteração do modelo de financiamento e justifica a medida com o crescimento da oferta de escolas na rede pública.
“O Estado faz congelando carreiras e baixando ordenados. O privado não pode fazer, a não ser que o Governo o decrete”, afirmou João Alvarenga, criticando o processo de alterações ao estatuto do ensino particular e cooperativo.
João Alvarenga mantém que o regime do privado fica mais barato do que o público: “Limitamo-nos a confiar naquilo que o Governo também confia. A OCDE disse que o custo por aluno/ano em Portugal é de 5200 euros e nós sabemos que o privado gratuito estaria em 4200”.
João Alvarenga questiona-se sobre posições do Governo relativamente aos custos, indicando que, se está prevista uma redução no ensino público, os privados não podem acompanhá-la no que toca salários e carreiras, a não ser por decreto.
“Temos de falar de condições iguais e também é necessário ver se nas contas entra o custo dos edifícios. No privado, o Estado não gasta com esses edifícios”, exemplificou.
A Associação dos Estabelecimentos de Ensino Privado e Cooperativo (AEEP) contesta a aprovação em Conselho de Ministros, na semana passada, de um decreto-lei que altera o estatuto de ensino particular e cooperativo, “sem considerar” as suas propostas - que garante cumprirem as condicionantes financeiras do Orçamento do Estado para 2011 - e “sem a audição do Conselho Nacional de Educação”.
Para João Alvarenga, uma coisa são os cortes e a necessidade de os encaixar, mediante negociação, e outra é a associação ter sido “surpreendida com um decreto-lei que ataca o ensino privado, no seu todo”.
A AEEP diz que as famílias mais carenciadas ficam excluídas da possibilidade de livremente escolherem a escola melhor para os filhos.
A questão levou já a Igreja Católica a pronunciar-se, com os bispos a considerarem que as medidas do Governo em relação ao ensino particular e cooperativo vão levar ao desaparecimento progressivo destas escolas, num ato “antidemocrático”.
A Conferência Episcopal Portuguesa renovou as críticas à decisão do Governo de renegociar os contratos com as escolas particulares, temendo o despedimento de pessoas.
O Governo aprovou no dia 04 uma alteração ao estatuto deste ensino e em que o modelo de financiamento do Estado será feito por turma, tendo em consideração o número de alunos.
O Executivo estima poupar cerca de 70 milhões de euros com a alteração do modelo de financiamento e justifica a medida com o crescimento da oferta de escolas na rede pública.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
It's Magic...
Original de Ahmad Jamal, extraído do álbum It's Magic (Dreyfus, 2008) com Jamal no piano, Idris Muhammad na bateria, James Cammack no baixo e Manolo Badrena na percussão. As magnificas fotos dedicadas ao jazz são da autoria do fotógrafo Antonio Manno. Podem vê-las em http://www.pbase.com/antoniomanno/jazz
Devia ser no Linhó...
Mexia é docente do MBA dirigido por Manuel Pinho e financiado pela EDP
por Filipa Martins, Publicado em 11 de Novembro de 2010 | Actualizado há 12 horas
EDP financia MBA dirigido pelo ex-ministro da Economia na Universidade de Columbia nos EUA. CEO da empresa garante que não recebe nada pelas aulas que dá
Desde o início do MBA, em Setembro, António Mexia já deu três aulas na Universidade de Columbia
Dora Nogueira
O CEO da EDP, António Mexia, é um dos professores convidados do MBA em Energia dirigido pelo ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, e leccionado numa parceria entre o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e a universidade norte-americana de Columbia - School of Internacional and Public Affairs (SIPA). Tendo em conta a brochura do mestrado, a que o i teve acesso, António Mexia faz parte do conjunto "de empresários e de pessoas de renome" que estão a leccionar parte do MBA. Em declarações ao i, o CEO da EDP esclareceu que não recebe qualquer valor pelas aulas que dá na Universidade de Columbia, garantindo que o faz "pro bono". "Nem eu nem ninguém da EDP fomos pagos para dar aquelas aulas", garantiu o presidente da eléctrica, que até ao momento já leccionou três aulas no âmbito do MBA.
O MBA, que teve início em Setembro deste ano, está integrado num projecto a quatro anos financiado pela eléctrica nacional. Como avançou o "Jornal de Negócios" em Outubro, a empresa portuguesa fez uma doação à School of International and Public Affairs, tendo pedido à universidade nova-iorquina para não divulgar o montante da doação. Entre as iniciativas patrocinadas pela eléctrica está o MBA dirigido pelo ex-ministro da Economia.
O presidente da EDP garantiu ainda que o curso é "independente" do patrocínio dado pela empresa à Universidade de Columbia: "Não há qualquer relação." Questionado sobre o valor do patrocínio concedido à instituição, António Mexia adiantou que a EDP dá apoios a 53 universidades em todo o mundo num valor que é um pouco superior a um milhão de euros, não especificando qual o montante aqui em jogo.
Ao nome do CEO da EDP, no corpo docente do MBA, juntam-se os de António Gomes de Pinho, presidente da Fundação Serralves, José Moreira da Silva, conselheiro das Nações Unidas para a energia e vice-presidente do PSD, o ex-bastonário José Miguel Júdice, Rui Cartaxo, presidente da REN, Paulo Teixeira Pinto, ex-presidente do Milennium BCP, Manuel Sebastião, Presidente da Autoridade da Concorrência e José Braz, membro da direcção da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
O MBA em energia tem a duração de um ano e meio. Um ano é leccionado no ISCTE, em Lisboa, sendo apenas um semestre leccionado na Universidade de Columbia em Nova Iorque. No total, o mestrado custa 37 mil euros, variando o número de alunos entre os 20 e os 40. Contactado pelo i, o ISCTE avançou que o sucesso do primeiro MBA fez com que já abrissem as inscrições para o do próximo ano, que terá início em Setembro de 2011.
A notícia de que a EDP teria financiado o MBA dirigido por Manuel Pinho levou a que o PSD pedisse esclarecimentos ao governo sobre o que considerou ser "patrocínios generosos" de uma empresa que tem uma participação de 20% da Parpública e de 5,7% da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Nas perguntas dirigidas aos ministérios da Economia e das Finanças, o deputado social-democrata Luís Campos Ferreira questionou se é tradição na EDP patrocinar entidades do ensino superior, quais apoiou nos últimos anos e os montantes envolvidos. Luís Campos Ferreira perguntou ainda se a atribuição dos donativos "englobava a condição de indicar um professor que leccionasse um seminário ou uma cadeira". Até ao momento, o governo não respondeu às questões levantadas. Com Ana Suspiro
O MBA, que teve início em Setembro deste ano, está integrado num projecto a quatro anos financiado pela eléctrica nacional. Como avançou o "Jornal de Negócios" em Outubro, a empresa portuguesa fez uma doação à School of International and Public Affairs, tendo pedido à universidade nova-iorquina para não divulgar o montante da doação. Entre as iniciativas patrocinadas pela eléctrica está o MBA dirigido pelo ex-ministro da Economia.
O presidente da EDP garantiu ainda que o curso é "independente" do patrocínio dado pela empresa à Universidade de Columbia: "Não há qualquer relação." Questionado sobre o valor do patrocínio concedido à instituição, António Mexia adiantou que a EDP dá apoios a 53 universidades em todo o mundo num valor que é um pouco superior a um milhão de euros, não especificando qual o montante aqui em jogo.
Ao nome do CEO da EDP, no corpo docente do MBA, juntam-se os de António Gomes de Pinho, presidente da Fundação Serralves, José Moreira da Silva, conselheiro das Nações Unidas para a energia e vice-presidente do PSD, o ex-bastonário José Miguel Júdice, Rui Cartaxo, presidente da REN, Paulo Teixeira Pinto, ex-presidente do Milennium BCP, Manuel Sebastião, Presidente da Autoridade da Concorrência e José Braz, membro da direcção da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
O MBA em energia tem a duração de um ano e meio. Um ano é leccionado no ISCTE, em Lisboa, sendo apenas um semestre leccionado na Universidade de Columbia em Nova Iorque. No total, o mestrado custa 37 mil euros, variando o número de alunos entre os 20 e os 40. Contactado pelo i, o ISCTE avançou que o sucesso do primeiro MBA fez com que já abrissem as inscrições para o do próximo ano, que terá início em Setembro de 2011.
A notícia de que a EDP teria financiado o MBA dirigido por Manuel Pinho levou a que o PSD pedisse esclarecimentos ao governo sobre o que considerou ser "patrocínios generosos" de uma empresa que tem uma participação de 20% da Parpública e de 5,7% da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Nas perguntas dirigidas aos ministérios da Economia e das Finanças, o deputado social-democrata Luís Campos Ferreira questionou se é tradição na EDP patrocinar entidades do ensino superior, quais apoiou nos últimos anos e os montantes envolvidos. Luís Campos Ferreira perguntou ainda se a atribuição dos donativos "englobava a condição de indicar um professor que leccionasse um seminário ou uma cadeira". Até ao momento, o governo não respondeu às questões levantadas. Com Ana Suspiro
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Isto é a Disneylândia...João honesto já não pilha galinhas
Oliveira Costa está em liberdade
O fundador do Banco Português de Negócios (BPN) está desde esta quarta-feira em liberdade.Segundo avança o site do semanário ‘Expresso', José Oliveira Costa apenas se encontra impedido de sair do País e obrigado a apresentar-se à secretaria do tribunal nas manhãs de todas as terça-feiras.
Acusado de vários crimes relacionados com o BPN e a Sociedade Lusa de Negócios, e até agora em prisão domiciliária, Oliveira Costa tem julgamento marcado para 15 de Dezembro.
Um ano depois de Luis Carmo ter saltado da ponte
Escola de Fitares. O diário póstumo do professor
por Kátia Catulo , Publicado em 10 de Novembro de 2010 | Actualizado há 22 horas
Relatório da DREL fala das queixas, da indisciplina dos alunos e dos pedidos de ajuda do professor de Música que se suicidou em Março
O professor de Música atirou-se ao Tejo no dia 9 de Fevereiro por não suportar mais alguns dos alunos da Escola Básica 2+3 de Fitares (Sintra). A morte de L. V. C. apareceu nos jornais e na televisão depois de ser noticiada em Março pelo i, mas o inquérito a este caso acabou por ser arquivado em Maio pela Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) por falta de "factos merecedores de censura jurídico--disciplinar". E assim se arrumou o assunto sem se perceber o que se passou com o docente de 51 anos que, antes de morrer, deixou uma nota no seu computador: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim [...], a única solução apaziguadora será o suicídio." Nove meses depois de o professor saltar da Ponte 25 de Abril, o i teve acesso ao relatório final do inquérito, que relata passo a passo as dificuldades de L. V. C. em lidar com a indisciplina dos seus alunos.
Em três meses, o professor fez 15 participações disciplinares, apesar de só dez surgirem discriminadas no documento. Destas, só uma resultou na aplicação de uma medida correctiva a um aluno, que foi alvo de cinco queixas no total. L. V. C. denunciou o mau comportamento de vários adolescentes, mas houve um em particular que consumiu boa parte da sua paciência. A relação entre o professor e o aluno começou mal, logo no início das aulas, e o primeiro sintoma surge em Outubro de 2009 com uma participação escrita, depois de o rapaz o insultar chamando-lhe "careca" e resistir a uma ordem de saída de sala.
A directora de turma convoca a encarregada de educação para ir à escola, mas esse encontro só acontece um mês mais tarde e depois de o aluno já ter sido alvo de uma segunda queixa do professor. Desta vez o motivo são uns headphones que o rapaz estaria a usar na sala. Ao ser repreendido, terá respondido ao professor: "Você deve estar maluco." É a própria directora da escola a investigar o caso, acabando por concluir que o aluno não tinha consigo os auscultadores. O certo é que, duas semanas depois, o aluno volta a ser repreendido na aula por usar um leitor de MP3 "com som audível" e, nesse mesmo dia, é alvo de duas queixas disciplinares investigadas pela directora do agrupamento e consideradas "irrelevantes em termos disciplinares".
"Anda cá, Cão!" É só ao final da quinta participação, a 21 de Janeiro, que a direcção da escola pede ao director de turma um relatório com as ocorrências disciplinares do adolescente. A medida é desencadeada quando L. V. C. se queixa que o rapaz lhe diz "Anda cá, cão", batendo com a mão na perna. É a provocação do aluno por o professor não responder aos pedidos de ajuda para um trabalho de grupo.
O relatório chega às mãos da directora no prazo de uma semana e em "inícios de Fevereiro" - o documento da DREL não esclarece se antes ou depois da morte do professor - a directora da escola aceita a proposta de aplicar uma medida sancionatória ao adolescente. Mas a decisão acaba por ser substituída por uma medida correctiva de dez dias de trabalho na biblioteca e justificada como a mais adequada para não ter "repercussões" na progressão do aluno.
Outros adolescentes também estão na lista dos malcomportados de L. V. C. Há participações de alunos que "põem o telemóvel a tocar na aula" ou têm "sistematicamente" uma atitude de "provocação", que, segundo o relatório da DREL, não foram investigadas pela escola. Há ainda reacções "agressivas" contra o professor de Música ou "uma festa na cabeça" de L. V. C. que tiveram como única consequência disciplinar a repreensão da directora de turma e que terá sido suficiente para alterar o comportamento dos alunos.
Solidão O professor de Música era um homem reservado. Ninguém desconfiava da dimensão do seu desespero. E é esse o motivo que leva os responsáveis da DREL a explicar a razão por que o "diálogo" com os docentes ficou reduzido ao "estritamente necessário". Apesar disso, L. V. C. alertou por diversas vezes para os problemas disciplinares que tinha nas suas turmas. Manifestou as suas inquietações em três reuniões distintas, mas só numa delas essas queixas ficaram registadas em acta.
A indisciplina nas aulas não era um problema novo para o professor, já que na escola onde fora colocado no ano lectivo anterior encontrara os mesmos obstáculos, salienta o relatório. Perante o comportamento dos alunos, "agiu de forma idêntica" e obteve "resposta semelhante" nas duas escolas, conclui o documento. L. V. C. sempre encarou os problemas de indisciplina como "moinhos de vento", como em Março contou ao i o psicólogo que o acompanhou nos últimos dois anos. Só que o seu quadro clínico agravou-se meses antes da sua morte. As suas "fragilidades" deterioraram--se até sentir que a única resposta estaria no fundo do Tejo.
Em três meses, o professor fez 15 participações disciplinares, apesar de só dez surgirem discriminadas no documento. Destas, só uma resultou na aplicação de uma medida correctiva a um aluno, que foi alvo de cinco queixas no total. L. V. C. denunciou o mau comportamento de vários adolescentes, mas houve um em particular que consumiu boa parte da sua paciência. A relação entre o professor e o aluno começou mal, logo no início das aulas, e o primeiro sintoma surge em Outubro de 2009 com uma participação escrita, depois de o rapaz o insultar chamando-lhe "careca" e resistir a uma ordem de saída de sala.
A directora de turma convoca a encarregada de educação para ir à escola, mas esse encontro só acontece um mês mais tarde e depois de o aluno já ter sido alvo de uma segunda queixa do professor. Desta vez o motivo são uns headphones que o rapaz estaria a usar na sala. Ao ser repreendido, terá respondido ao professor: "Você deve estar maluco." É a própria directora da escola a investigar o caso, acabando por concluir que o aluno não tinha consigo os auscultadores. O certo é que, duas semanas depois, o aluno volta a ser repreendido na aula por usar um leitor de MP3 "com som audível" e, nesse mesmo dia, é alvo de duas queixas disciplinares investigadas pela directora do agrupamento e consideradas "irrelevantes em termos disciplinares".
"Anda cá, Cão!" É só ao final da quinta participação, a 21 de Janeiro, que a direcção da escola pede ao director de turma um relatório com as ocorrências disciplinares do adolescente. A medida é desencadeada quando L. V. C. se queixa que o rapaz lhe diz "Anda cá, cão", batendo com a mão na perna. É a provocação do aluno por o professor não responder aos pedidos de ajuda para um trabalho de grupo.
O relatório chega às mãos da directora no prazo de uma semana e em "inícios de Fevereiro" - o documento da DREL não esclarece se antes ou depois da morte do professor - a directora da escola aceita a proposta de aplicar uma medida sancionatória ao adolescente. Mas a decisão acaba por ser substituída por uma medida correctiva de dez dias de trabalho na biblioteca e justificada como a mais adequada para não ter "repercussões" na progressão do aluno.
Outros adolescentes também estão na lista dos malcomportados de L. V. C. Há participações de alunos que "põem o telemóvel a tocar na aula" ou têm "sistematicamente" uma atitude de "provocação", que, segundo o relatório da DREL, não foram investigadas pela escola. Há ainda reacções "agressivas" contra o professor de Música ou "uma festa na cabeça" de L. V. C. que tiveram como única consequência disciplinar a repreensão da directora de turma e que terá sido suficiente para alterar o comportamento dos alunos.
Solidão O professor de Música era um homem reservado. Ninguém desconfiava da dimensão do seu desespero. E é esse o motivo que leva os responsáveis da DREL a explicar a razão por que o "diálogo" com os docentes ficou reduzido ao "estritamente necessário". Apesar disso, L. V. C. alertou por diversas vezes para os problemas disciplinares que tinha nas suas turmas. Manifestou as suas inquietações em três reuniões distintas, mas só numa delas essas queixas ficaram registadas em acta.
A indisciplina nas aulas não era um problema novo para o professor, já que na escola onde fora colocado no ano lectivo anterior encontrara os mesmos obstáculos, salienta o relatório. Perante o comportamento dos alunos, "agiu de forma idêntica" e obteve "resposta semelhante" nas duas escolas, conclui o documento. L. V. C. sempre encarou os problemas de indisciplina como "moinhos de vento", como em Março contou ao i o psicólogo que o acompanhou nos últimos dois anos. Só que o seu quadro clínico agravou-se meses antes da sua morte. As suas "fragilidades" deterioraram--se até sentir que a única resposta estaria no fundo do Tejo.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Relembrando Cecilia Meireles
Por que me falas nesse idioma? perguntei-lhe, sonhando.
Em qualquer língua se entende essa palavra.
Sem qualquer língua.
O sangue sabe-o.
Uma inteligência esparsa aprende
esse convite inadiável.
Búzios somos, moendo a vida
inteira essa música incessante.
Morte, morte.
Levamos toda a vida morrendo em surdina.
No trabalho, no amor, acordados, em sonho.
A vida é a vigilância da morte,
até que o seu fogo veemente nos consuma
sem a consumir.
Foi você que pediu a "cimeira" da NATO...Que austeridade?
DEZ MILHÕES DE €???
AUSTERIDADE???
Afghan War Diary 2004-2010 en Español
Carregado por antoniofidel41. - Videos de noticias alternativas
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
...Hoax...mais uma do piqueno pinho?
Portugal transformed by green energy revolution
By Syma Tariq, for CNN October 18, 2010 -- Updated 0503 GMT (1303 HKT) | Filed under: Innovation |
Lisbon, Portugal (CNN) -- In recent years Portugal has been harnessing its enviable southern European climate to benefit more than just its tourism industry.
As its government announces a package of austerity measures to meet its budget deficit-reduction plans, the country is touting a USP that it believes will rescue its economy.
"In the same way as Finland is famous for mobile phones, France for its high-speed trains and Germany for its industry, Portugal will become known for renewable energy," declared Manuel Pinho, the economy minister, last year.
Now, nearly 45 percent of Portugal's electricity will come from renewable sources, up from 17 percent just five years ago. Land-based wind power has increased sevenfold in that time.
With new contracts every week for national and international firms to work on new, cleaner power plants it seems that, on the surface at least, Portugal is eco-buying its way out of recession.
The government has not installed an environmental consciousness in the people.
--Rita Alvares, green cooperative member
--Rita Alvares, green cooperative member
RELATED TOPICS
In the tenure of President Silva, the Portuguese government has decided to use what it has, which is 800 miles of coastline and of course, plenty of sunshine.
Ten years ago, Portugal's transmission lines were owned by private power companies that had no interest in investing in renewables, because using the technology would have meant radical changes in the grid infrastructure, increasing costs to industry.
So the government bought the lines and adapted the grid. Upgrading it to increase flexibility and better connections in remote areas to allow the production and distribution of electricity from small generators, such as domestic solar panels. There was also a combination of incentives for cleaner power generation, including the introduction of feed-in tariffs.
According to a 2009 European Commission report, this commitment has meant a surge in new business. The number of energy enterprises more than tripled from 2000 to 2006, the second-strongest growth after Spain.
The Portuguese government says 10 new dams will boost hydropower capacity by 50 percent by 2012.
Now energy companies are using their engineering know-how to pursue other eco-friendly sources, such as solar and wind, said Miguel Marques, head of Portuguese markets for NYSE Euronext.
"They are looking at market opportunities worldwide and not concentrating their production base in Portugal alone," he said.
WS Energia is one such innovator. Its solar technology products have won awards as well as new business in Italy, UK, Spain, France and the U.S.
"In 2006, we found a gap in the electricity market," one of its team, João Wemans, told CNN.
"What we did was double the captivation of solar energy through the use of mirrors [WS Energia's 'DoubleSun' product]. From the start, this idea gained national and international recognition, and was considered at the time the smartest solar technology installed in the world."
Underlying the impressive figures and bright ideas, however, is a crutch.
Much of the infrastructure in Portugal is still heavily reliant on European Central Bank funding. Without this funding, projects such as Living PlanIT -- an eco-city built from scratch, planned for the northern region of Paredes -- would be impossible.
Although renewable energy has been the basis for Portuguese firms to go global, many citizens are feeling left behind.
Environmentalists object to government plans to double the amount of wind energy, saying lights and noise from turbines will interfere with local wildlife.
Conservation groups worry that new dams will destroy Portugal's cork-oak habitats (the country's forests are one of the biggest producers of corks in the world).
"The government has not installed an environmental consciousness in the people," said Rita Alvares, part of a green co-operative in Lisbon and who pointed out to CNN the lack of recycling centers in the capital. "But it is forcing it on them when it suits its own business interests."
Another major concern is that the government will displace local companies with large multinationals -- as seen by a recent contract given to Finnish firm AW Energy.
When the Alto Minho wind farm was built, a boost in local employment was promised, but now the plant only needs 25 people to run it.
Bill-payers are also affected. The International Energy Agency based in Paris, France, has already said that Portugal's progress in renewable energy has been a "remarkable success", but "it is not fully clear that... their impact on final consumer energy prices are well understood and appreciated".
Being the third largest producer of renewable energy in Europe has meant a jump in costs -- 15 percent - to household consumers of electricity in the last 10 years.
As deficit-reduction plans take hold in 2010, households still faced an increase of 2.9 percent in their electricity bills. Portugal's small population helps in terms of capacity and positive-sounding percentages of usability.
However the small population also has the misfortune of belonging to one of the poorest country in the European Union.
As the world's markets focus their attention on Lisbon, many residents have already left because of high costs of living that do not correspond to the low wage and pension rates. Living in a renewable-energy haven has become the least of their concerns.
"Solar must change from being an expensive source of energy to one of solutions which will be able to compete directly with fossil fuel," said Wemans.
"We believe that a reduction in electricity tariffs is healthy -- and vital."
As Portugal proves to the world its admirable goals, it still has to convince many of its own citizens of the benefits.
Momento de Humor.Escolas: Governo está a tomar medidas sobre falta de funcionários Garantia é da ministra da Educação Isabel Alçada, que reconhece que os assistentes operacionais são «elementos importantes»
A ministra da Educação, Isabel Alçada, garantiu esta terça-feira que o ministério está atento ao problema de falta de funcionários nas escolas e que estão a ser tomadas medidas, mas sem especificar.
«Nós estamos muito atentos e o Ministério da Educação está a promover, com vários meios, que as escolas tenham auxiliares, ou assistentes operacionais, que permitam fazer esse trabalho da melhor forma», disse a governante, citada pela agência Lusa.
Isabel Alçada referiu ter «consciência» de que os assistentes operacionais são «elementos importantes» para garantir o acompanhamento das crianças e dos jovens, bem como para assegurar que haja «um bom clima de trabalho e de convívio» na escola.
«São elementos muito importantes de apoio ao trabalho educativo dos professores e naturalmente ao trabalho de direcção e gestão das nossas escolas», acrescentou.
Nos últimos dias acentuaram-se os protestos de pais relativamente a esta questão e também aos sindicatos chegam queixas de docentes e auxiliares.
O último relatório da OCDE, divulgado na terça-feira, aponta que Portugal deve reduzir as elevadas taxas de retenção e reforçar os mecanismos de apoio aos alunos em risco de abandono escolar.
De acordo com a ministra, as recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estão em linha com as determinações assumidas pelo Ministério da Educação este mês, entre elas o objectivo de não ultrapassar os 12 por cento na taxa de retenção do secundário em 2015, quando em 2008/09 este indicador se situava em 20,1 por cento.
«Pretendemos que haja uma redução da retenção, mas que essa redução corresponda a progresso efectivo, a uma aprendizagem efectiva», acrescentou a ministra.
Isabel Alçada frisou que a OCDE pede esse esforço a Portugal, sublinhando que no país a taxa de retenção é «muito maior dos que noutros países» e que em vários «não há sequer retenção como modelo».
«Nós estamos muito atentos e o Ministério da Educação está a promover, com vários meios, que as escolas tenham auxiliares, ou assistentes operacionais, que permitam fazer esse trabalho da melhor forma», disse a governante, citada pela agência Lusa.
Isabel Alçada referiu ter «consciência» de que os assistentes operacionais são «elementos importantes» para garantir o acompanhamento das crianças e dos jovens, bem como para assegurar que haja «um bom clima de trabalho e de convívio» na escola.
«São elementos muito importantes de apoio ao trabalho educativo dos professores e naturalmente ao trabalho de direcção e gestão das nossas escolas», acrescentou.
Nos últimos dias acentuaram-se os protestos de pais relativamente a esta questão e também aos sindicatos chegam queixas de docentes e auxiliares.
O último relatório da OCDE, divulgado na terça-feira, aponta que Portugal deve reduzir as elevadas taxas de retenção e reforçar os mecanismos de apoio aos alunos em risco de abandono escolar.
De acordo com a ministra, as recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estão em linha com as determinações assumidas pelo Ministério da Educação este mês, entre elas o objectivo de não ultrapassar os 12 por cento na taxa de retenção do secundário em 2015, quando em 2008/09 este indicador se situava em 20,1 por cento.
«Pretendemos que haja uma redução da retenção, mas que essa redução corresponda a progresso efectivo, a uma aprendizagem efectiva», acrescentou a ministra.
Isabel Alçada frisou que a OCDE pede esse esforço a Portugal, sublinhando que no país a taxa de retenção é «muito maior dos que noutros países» e que em vários «não há sequer retenção como modelo».